terça-feira, 3 de agosto de 2010

LIFE WITH V,OF VIDA.

CAPÍTULO 1.

A INTERNAÇÃO.


Orlando Simplório,74 anos,motivo da internação:Infarte do miocárdio.
Um homem,de costumes simples,acorda dentro de um quarto de hospital.
Ele não entendia o que estava fazendo ali.Não lembravado que tinha acontecido.Estava atordoado,mas muito agitado.
-Onde estou?!Enfermeira?!Alguém!?Por favor,alguém me diga o que aconteceu comigo!?
Não demorou muito,e uma enfermeira entrou no quarto para aplicar um sedativo no paciente.
-Sr. Orlando,o sr. sofreu um infarte e foi trazido para o hospital, para receber tratamento.
Orlando já estava sedado quase que por completo,e a voz da enfermeira estava ficando cada vez mais baixa e distante...
Memórias de acontecimentos importantes na vida de Orlando, vieram à tona em forma de sonhos.

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CAPÍTULO 2.

A INFÂNCIA.


-Pai?Mãe?Cadê todo mundo?
Já era noite,o pequeno Orlando acorda assustado com um grito suplicante e desesperado.Então se esconde dentro de um baú onde guardava os seus brinquedos,assim como o seu pai havia lhe ensinado.
-Pelo amor de Deus,não faça mal a minha família!-disse o pai,implorando pela vida de seus entes queridos.
Então ouve-se 2 barulhos tão altos quanto um trovão de tempestade,e depois um silêncio ensurdecedor toma conta da casa.
Os vizinhos chamaram a polícia,que encontrou o garoto escondido dentro do baú;chorando e assustado perguntava sem parar:
-Pai?Mãe?Onde estão meus pais?!Eu quero minha mãe!...
A tristeza era contagiante.Logo os curiosos e políciais estavam com os olhos cheios de lágrimas e sem saber o que responder ao garoto de apenas 5 anos,que não parava de questionar sobre seus pais...

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CAPÍTULO 3.

O ORFANATO.


Orlando não tinha parentes próximos nem distantes.Seus pais eram filhos únicos,e seus avós haviam falecido antes do seu nascimento.
Então,por ordem do juízado de menores,foi mandado para um orfanato.
No começo,Orlando acordava todas as noites chorando e chamando pelos pais,mas com o tempo,foi esquecendo do acontecido.
Não fez muitas amizades durante a estadia no orfanato,pois se isolava em um canto ,segurando com todas as forças uma fotografia de seus pais,a última lembrança que ele tinha.
Foram tempos difíceis não somente para Orlando,mas para todos a sua volta.Não falava,não sorria,mal comia...
Até que um dia,um assistente social sentou ao seu lado.
-Oi menino,qual é o seu nome?
Orlando permaneceu imóvel e quieto.
-Tudo bem,você não precisa ter medo de mim,-disse com uma voz serena-eu me chamo Saul Conselheiro,e sou assistente social.Você sabe o que faz um assistente social?
Orlando disse que não,balançando a cabeça,tímido.
-Bom,um assistente social é uma pessoa que tenta ajudar as outras pessoas,para que fiquem todos bem e felizes.É um bom trabalho,você não acha?
Respondeu,novamente balançando a cabeça,que sim.
Saul sorriu,feliz,pois estava conseguindo se aproximar do garoto.
-Eu gosto muito do que eu faço,porque eu fico feliz quando as pessoas estão felizes.O que você quer fazer quando crescer?
-Orlando,eu me chamo Orlando Simplório.
Saul,sorriu novamente,com mais gosto do que nunca.
-Orlando?Nossa,mas que nome mais bonito!Então Orlando,o que você quer fazer quando crescer?
-Eu quero ser detetive.
-Detetive?Mas que legal!E por que você quer ser um detetive?
-Porque eu quero descobrir aonde os meus pais estão...
O sorriso sumiu subtamente da face de Saul,que ficou perplexo.
Tentando mudar de assunto,Saul disse:
-A tá,entedi.E você gosta de doces?Eu tenho caixa bombons muito gostosos aqui comigo,mas não sei se vou aguentar comer tudo sozinho.Você quer me ajudar a comer esses bombons?
Pela primeira vez,em meses,Orlando sorriu.
Saulo sentiu-se bem,estava sentindo uma sensação incrível,mas ainda estava perplexo.

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CAPÍTULO 4.

A GRANDE AMIZADE.


Passaram-se alguns anos desde que Orlando conheceu Saul.
Os dois se viam todos os dias,e Saul sempre tinha alguma coisa para contar.
-Há alguns anos atrás,eu tinha um relógio de bolso.Ah,como ele era lindo!Era a única lembrança que eu tinha do meu pai.Ele era feito de ouro com detalhes em prata,e na parte de dentro da tampa,havia as iniciais do meu pai gravadas: "P.C.".
-E o que aconteceu com esse relógio ,Saul?
-Ah!Eu gostaria muito de saber.Eu devo ter perdido em algum lugar que eu fui.Apesar de eu ter procurado durante anos,eu já desisti de acha-lo.
Orlando,não era mais aquele menino tristonho com mágoas no coração.
Devido à influência de Saul,Orlando começou a tentar ajudar os companheiros do orfanato e as monitoras.
Ajudava a lavar a louça.ajudava os amigos nas matérias que tinham dificuldade,ajudava a arrumar e organizar os quartos,biblioteca...Ele não ajudava apenas por ajudar,ele realmente se sentia bem e sentia prazer em ajudar.
Orlando,era uma nova pessoa.

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CAPÍTULO 5.

A DESPEDIDA.


Orlando já está com 16 anos.Continua o mesmo Orlando que ajuda as pessoas,porque gosta de ajudar.
Saul já está com 65 anos,e não está muito bem de saúde.
Orlando conseguiu uma permissão especial para poder sair e ficar algumas horas fora do orfanato para visitar e cuidar de Saul.
Nesse ponto,Saul era como um pai para Orlando,e Orlando era como um filho para Saul.
Saul sempre falava para Orlando estudar,pois estudo é fundamental na vida,e se ele fosse ouvir pelo menos um conselho na vida,que fosse esse.
Era inverno,Saul adoeceu.Orlando o levou as pressas para o hospital.
-Doutor,o que o Saul tem?Ele vai melhorar?
-Bom,o quadro dele é estável no momento,mas ele pegou uma pneumonia muito forte.Com a idade dele,sinceramente,não sei se ele vai sair dessa.
Imediatamente,os olhos de Orlando encheram-se de lágrimas.
-...Eu posso fazer alguma coisa para ajudar?
-O melhor que você pode fazer no momento,é ir para casa,descansar.Qualquer coisa,nós ligaremos para você.
Orlando estava arrasado,mas voltou ao orfanato.
Na manhã seguinte,ao abrir os olhos,Orlando percebeu que todos os companheiros do orfanato,as supervisoras,a diretora,estavam todos em volta de sua cama,cheios de lágrimas nos olhos,olhando para ele deitado.
-O que aconteceu gente?
A diretora sentou-se ao lado dele na cama,o abraçou e sussurou em seu ouvido:
-Ligaram agora pouco do hospital...Todos nós sentimos muito,mas Saul não está mais entre nós...
Nesse momento,ninguém mais aguentou segurar...Lagrimas escorriam sem parar.Então todos se aproximaram mais de Orlando e o abraçaram.
-Nós sabemos como ele era importante,não somente para nós,mas especialmente para você...Nós sempre estaremos aqui ao seu lado,não se esqueça...
Orlando,ficou ali,paralisado,sem reação.A ficha ainda não tinha caído.
De noite,durante o velório,Orlando recusava-se a entrar na sala para dar o último adeus à Saul.Ele não suportava a idéia de ter perdido o segundo pai,a pessoa mais próxima de um parente que ele tinha.Mas depois de muito negar,decidiu prestar a última homenagem a Saul...
Foi a coisa mais difícil que já havia feito.Era a situação mais dolorosa que já passara.
-Saul..Pai,você foi a melhor pessoa que já conheci...O mais gentil,o mais educado,um verdadeiro cidadão,que se preocupava com as pessoas...Você jamais será substituído!Você estará no meu coração eternamente...
No final da missa,um homem veio até Orlando.
-Olá meu jovem,os meus pesames.
-Quem é você?
-Eu sou o advogado do sr. Saul.Ele gostaria que eu lhe entragasse esta carta.
Orlando ficou surpreso,pegou a carta e voltou para o orfanato.

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COMING SOON...

CAPÍTULO 6.

A CARTA.



Autoria:
Renato Jundy Oshiro.

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