terça-feira, 3 de agosto de 2010

CAPÍTULO 6.

A CARTA.


De volta ao orfanato,após o velório de Saul,Orlando sentou-se em sua cama com a carta na mão.
Ficou durante horas pensando em abrir e ler a carta,mas não estava preparado.
Ficou lembrando dos bons momentos que teve com Saul,e das coisas que aprendera com ele.
Mas um sentimento antigo estava voltando.O mesmo sentimento que tinha quando perdera os seus pais.
Uma revolta incontrolável tomava conta de Orlando,naquele momento de tristeza e dor profunda.
Respirou fundo,pegou a carta e abriu o envelope.

"Orlando,

a vida não foi justa com você.Desde pequeno ,sofreu a perda de seus pais e até hoje a polícia não descobriu quem foi o autor do crime.
Mas levante a cabeça,pois a vida,por mais dura e amarga que seja,vale a pena viver.
Quando você estiver preparado,você deveria ir à sua casa para enfrentar os fantasmas do passado.Não deixe nenhum sentimento de medo ou raiva te dominar.Eles vão acabar com a sua vida.
Sempre lute pelo o que você acha que é certo.Nunca desista dos seus sonhos,
Eu gostaria de lhe deixar o meu relógio de bolso,aquele que eu já falei a respeito,mas como você sabe,eu desisti de procura-lo.Ele era a única coisa de valor que eu tinha.Não valor monetário,mas valor sentimental.
Não fique triste pela minha partida.Eu sempre estarei vivo em você!
E não se esqueça do meu conselho.Estude bastante,pois estudo é fundamental na vida!

Saudações.
Um Forte abraço.

Saul Conselheiro."

Orlando ficou aos prantos.Mas logo recuperou-se,deitou em sua cama e fechou os olhos,tentando dormir.

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